27 de agosto de 2012

Eu e minha casa serviremos ao Senhor!

Eu e minha casa serviremos ao Senhor!

Quem não vive para servir, não serve para viver.
A frase é de uma das maiores personalidades do século XX, Mahatma Gandhi, que conduziu seu país, a Índia, assim como muitos outros, a encontrar o caminho da independência e da democracia por meio da não violência ativa: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Viver para servir! Proposta desafiadora, fonte de realização para todos os seres humanos, caminho de felicidade. Parece-nos encontrar aí uma das muitas sementes do Verbo de Deus, plantadas na sabedoria e na prática religiosa da humanidade, pois a própria Palavra Eterna do Pai encarnada, Jesus Cristo, mostrou a que veio, abrindo perspectivas novas para Seus discípulos e para toda a humanidade: "Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida por resgate de muitos" (Mc 10,45). Jesus Cristo veio ao mundo para fazer a vontade do Pai, para servir.

O Antigo Testamento reporta a história de Josué, a quem foi dada a tarefa de introduzir o povo de Deus na Terra Prometida. Como havia acontecido na chamada Assembleia do Sinai, quando Moisés, em nome de Deus, pediu ao povo a definição de rumos diante da aliança estabelecida, também em Siquém se reúnem todas as tribos de Israel (cf. Js 24,1-18). A escolha de Josué, em nome de toda a sua família, é muito clara: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”! Nas diversas etapas da história da salvação, retorna a provocação positiva que toca no mais profundo da liberdade humana.
Trata-se de escolher o serviço a Deus, optar pela fidelidade à Sua Palavra, cumprir Seus mandamentos, assumir a missão confiada àquele povo escolhido. A resposta do povo de Deus a Josué é decidida: “Nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus” (Js 24,18). Durante os séculos que se seguiram, continuamente o Senhor enviou emissários que o chamaram, de novo, à fidelidade!

Veio Jesus, chamou os discípulos e começou uma nova forma de viver. Do meio deles, escolheu apóstolos, criou relacionamento diferente, acolheu crianças, chamou justos e pecadores, derrubou barreiras culturais e religiosas, abriu a estrada da fraternidade. Também o Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, entrou no maravilhoso jogo de provocação à liberdade humana. Depois das primeiras etapas da pregação do Reino e da
constituição de uma nova comunidade de irmãos - os chamados evangelhos sinóticos - Jesus pede aos discípulos uma definição: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Cf. Mt 16,13-20; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21).

Assista também: "Deus acredita em você!", com padre Arlon Costa

Já o Evangelho de São João, no texto que a Igreja proclama no vigésimo primeiro Domingo do Tempo Comum (Jo 6,60-69), traz uma pergunta altamente provocante, após a multiplicação de pães e o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida: “Vós também quereis ir embora?”. Vem de Pedro a resposta que continua a ressoar pelos séculos: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus!” Os discípulos aprenderam a seguir Jesus a partir da fé professada naquele que é Santo de Deus, Messias, Cristo, Filho de Deus. A Igreja não se cansará de proclamar a mesma fé em Jesus Cristo até o fim dos tempos.

Após a Ressurreição, a
ascensão de Cristo e o Pentecostes, foi chamado aquele que, perseguidor implacável, veio a ser apóstolo das gentes. É o próprio Paulo quem conta, numa das narrativas de sua conversão, a pergunta que brota no coração de todas as pessoas que se encontram com Jesus Cristo: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 22,10) A graça do apostolado continua a se multiplicar na Igreja. Quantas pessoas são chamadas a servir ao Senhor no anúncio da Boa Nova da salvação, nos ministérios e serviços existentes nas Comunidades Cristãs! Que profusão de carismas suscitados pelo Espírito no coração da Igreja, por meio dos quais as palavras do Evangelho são postas em prática e “lidas” nas inúmeras obras de caridade e de serviço existentes em toda parte! E como não reconhecer a beleza do serviço prestado por homens e mulheres, adultos e jovens que desempenham a missão de catequistas em nossas paróquias?

São pessoas que experimentaram a graça do seguimento de Jesus e não podem se calar. São leigos e leigas que, nos serviços internos da Igreja, nas inúmeras frentes de trabalho apostólico e na caridade, podem dizer com o apóstolo São Paulo: “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É, antes, uma necessidade que se me impõe.
Ai de mim se eu não anunciar o evangelho!” (1 Cor 9,16).
Por isso, fixem seus corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Com todas estas pessoas, agradecemos a Deus pelo mês dedicado às vocações. Em sua conclusão, temos o direito e o dever de acolher as novas e muitas vocações para o serviço ao Senhor e à Sua Igreja.


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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Fonte: Canção Nova
24/08/2012 - 08h00

2 de agosto de 2011

Só Cristo pode fundar uma Igreja

É ilógico dizer que todas as religiões são equivalentes entre si.

Fonte: Canção Nova 25/07/2011

Temos de respeitar a crença de cada pessoa; a liberdade religiosa é algo fundamental, mas não é verdade que todas as religiões e Igrejas são igualmente válidas. As muitas religiões ou seitas foram fundadas por simples mortais, e não por Deus, por isso não se pode dizer que todas as religiões são boas, e que basta ser religioso e seguir qualquer uma delas. Se isso fosse verdade, Jesus não precisaria ter vindo a este mundo, fundar a Sua Igreja e morrer numa cruz. Bastava deixar os homens continuar no paganismo ou se salvarem nas outras religiões. Assim não seria necessário todo o esforço de evangelização em todo o mundo, com milhares de mártires, missionários, etc..

É ilógico dizer que todas as religiões são equivalentes entre si, pois elas propõem Credos diferentes, que se excluem mutuamente. Algumas religiões professam o politeísmo (muitos deuses), outras o panteísmo (tudo é Deus), ou o monoteísmo (há um só Deus). Veja, na questão mais essencial da religião, isto é, a concepção de Deus, já há uma enorme diversidade, que se excluem mutuamente; como, então, querer que todas as religiões sejam equivalentes e igualmente boas? É ilógico e irracional. Então há que se descobrir a Verdade. Se a verdade plena está numa doutrina, esta é a verdadeira e as outras são falsas.

Ora a verdade é uma só, logo, objetivamente falan­do, há Credos verídicos e credos errôneos. Cada reli­gião tem a sua doutrina, seu culto e sua moral própria; e é aqui que estão as divergências: uns creem na reencarnação, outros não a acei­tam; alguns aceitam o divórcio, o aborto, o homossexualismo, a guerra santa, a poligamia... e há quem não os admita.


Com quem está Verdade? A verdade não pode estar com todos. Logo, não podem ser boas todas as religiões.


O Concílio Vaticano afirmou:

“Professa o Sacro Sínodo que o próprio Deus manifestou ao gêne­ro humano o caminho pelo qual os homens, servindo a Ele, pudessem salvar-se e tornar-se felizes em Cristo. Cremos que essa única verdadei­ra Religião subsiste na Igreja católica e apostólica, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de difundi-la aos homens todos, quando disse aos Apóstolos: “Ide pois e ensinai os povos todos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a guardar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). Por sua vez, estão os homens todos obriga­dos a procurar a verdade, sobretudo aquela que diz respeito a Deus e a Sua Igreja e, depois de conhecê-la, a abraçá-la e praticá-la”. (Declaração Dignitatis Humanae, n.1).

“Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos una, santa, católica e apostólica (12), e que o nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, confiou a Pedro para que ele a apascentasse (cf. Jo 21, 17), encarregando-o, assim como aos demais Apóstolos, de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28, 18s), levantando-a para sempre como “coluna e esteio da verdade” (1 Tm 3, 15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, ainda que fora do seu corpo se encontrem realmente vários elementos de santificação e de verdade, elementos que, na sua qualidade de dons próprios da Igreja de Cristo, conduzem para a unidade católica”. (Lumen Gentium, nº 8).

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Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

5 de maio de 2010

Ser Instrumento de Paz...


Uma tarefa muito importante nos nossos dias.

PAZ- O dinheiro não pode comprá-la, a inteligência e a sabedoria não conseguem alcançá-la. pelos próprios esforços você não pode esperar obtê-la... Mas Deus à oferece como um presente, sem dinheiro e sem valor.

As pessoas sempre precisaram de Deus para dar sentido à suas vidas. Mas atualmente numa época em que os problemas da humanidade se agravam, a insegurança e o desespero nos corações das pessoas se tornam ainda mais evidentes.

Se você quer encontrar paz em meio ao conflito, amor em meio ao ódio e esperança em meio ao desespero, coloque em prática ações Boas e Positivas, e lance sementes de amor e conforto à pessoas que necessitam de auxílio, despertando em seus corações uma nova vida cheia de graça e paz.


Oração de São Francisco


Senhor,

Ó Deus, sois o único Senhor de nossa vida, de nosso coração e de nosso destino. Libertai-nos dos falsos senhores que nos iludem com suas promessas, pois não trazem nem vida nem paz. Dai-nos força para resistir e para buscar a paz através da justiça e do serviço humilde a todos. Amém

Fazei-me um instrumento de vossa paz

Senhor, fazei-nos instrumento de vossa paz na medida em que procurarmos viver em paz com nós mesmos, com a comunidade mais próxima, com a sociedade desigual e no meio dos priores conflitos. Que possamos nos esforçar para suportar tensões e contradições, buscando manter comunhão com todas as criaturas e tornando visível a vossa paz. Amém

Onde houver ódio, que eu leve o amor

Senhor, onde houver ódio, que eu leve o amor. Fazei que desentranhemos de nós o amor escondido sob as cinzas de ódios secretos. Que nosso amor aos outros suscite o amor escondido neles, capaz de transformar o ódio. Fazei que o amor incendeie nossos corações, irradie em nossas atitudes e se realize em nossas ações, para que o ódio não tenha mais lugar dentro de nós. Amém.

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão

Senhor, onde houver ofensa, que eu leve o perdão. No dia em que fizerdes o balanço de nossa história, perdoai os que ofenderam e humilharam nossos irmãos e irmãs, pois eles também são vossos filhos e filhas. Mas dai-nos força para nunca fazermos o que eles fizeram. Antes tornai-nos seres de solidariedade, de compaixão e de amor ilimitado. Amém

Onde houver discórdia, que eu leve união

Onde há discórdia, que eu leve a união. Dai-nos sede de justiça, de compreensão e de tolerância para convivermos jovialmente uns com os outros. Dai-nos um coração que sinta o pulsar do coração do universo e de cada criatura, sintonizando com o vosso coração divino que tudo une, tudo diversifica e tudo faz convergir. Amém

Onde houver dúvida, que eu leve a fé

Senhor, onde houver dúvida, que eu leve a fé. Não deixeis que a dúvida apague as estrelas-guias que iluminam nossa caminhada. Dai-nos a fé-confiança que nos coloca em vossas mãos. Concedei-nos a fé-crença em vosso desígnio que nos quer reunidos em vosso reino junto com toda a criação. Amém

Onde houver erro, que eu leve a verdade

Senhor, onde houver erro, que eu leve a verdade. Fazei-nos corajosos na descoberta de nossos erros, especialmente daqueles que encobrem vossa presença em todas as coisas. Que a verdade brilhe por nossas palavras sinceras, por nossos gestos humanizadores, por nossas intenções puras e por nossa busca permanente de fidelidade à verdade. Nunca permitais que oprimamos os outros em nome da verdade religiosa. Amém

Onde houver desespero, que eu leve esperança

Senhor, onde houver desespero, que eu leve a esperança. Que eu seja solidário na luta dos que buscam a justiça. Que saiba criar uma atmosfera de confiança ilimitada no vosso misterioso projeto de amor. Que tenha palavras inspiradas para suscitar a esperança inarredável de vivermos para sempre em vossa casa com todos os que precederam na história. Amém

Onde houver tristeza, que eu leve alegria

Senhor, onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Fazei que a minha alegria nasça da compaixão sincera pelos que sofrem, da solidariedade verdadeira com os injustiçados e de minha própria conversão à fraternidade universal. Amém

Onde houver trevas, que eu leve a luz


Senhor, onde houver trevas, que eu leve a luz. Vós sois a luz verdadeira que ilumina cada pessoa que vem a este mundo. Fazei que eu possa, por palavras inspiradas, por gestos consoladores e por um coração caloroso, dissipar as trevas humanas para que vossa luz nos mostre o caminho e trazer alegria à vida. Amém

Ó Mestre,

Ó Mestre, fazei que em nosso interior ressoe vossa sabedoria e o exemplo de vossa coerência até a morte. Que sejamos vossos discípulos fiéis na medida em que realizarmos o que nos ensinais para sermos verdadeiramente instrumentos de amor e de paz. Amém

Fazei que eu procure mais consolar, do que ser consolado

Ó Mestre, que eu possa sair da minha própria dor para escutar o grito de quem sofre ao meu lado. Que tenha palavras que consolem e gestos que criem serenidade, entrega confiante e paz profunda. Amém

Fazei que eu procure mais compreender, do que ser compreendido

Fazei que consiga acolher o outro assim como é. Só assim o compreenderei como quero ser compreendido. Concedei-me ver o menor sinal de verdade, de bondade e de amor no outro para reforçá-lo e permitir que venha à plena luz. Amém

Fazei que eu procure mais amar, que ser amado

Ó Mestre, que eu acolha com generosidade e alegria o amor que me é dado, mas que me empenhe sobretudo em fazer com que os que me cercam se sintam amados. Fazei que nos sintamos amados por Vós para experimentarmos a suprema felicidade concedida nesta vida. Amém

Pois é dando que se recebe,

Ó Mestre, fazei-nos entender que dando generosa e gratuitamente receberemos também com superabundância tudo o que precisamos. Que possamos orientar nossa vida pela generosidade que nos devolverá sempre mais compreensão, mais acolhida e mais amor. Amém

É perdoando que se é perdoado

Ó mestre, muitas vezes e de muitos modos nos perdoastes ilimitadamente, como uma Mãe amorosa perdoa um filho. Fazei que perdoemos também nós a quem nos tem ofendido. E que nunca deixemos de crer na generosidade do coração, capaz de perdoar mesmo quando injustamente ferido por muitas ofensas. Amém

E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Ó mestre, ensinai-nos a viver de tal forma que acolhamos a morte como amiga e irmã. Ela não nos tira a vida, mas nos conduz à fonte de toda vida. Que possamos perceber na vida terrena o começo da vida celestial e eterna. Amém…